quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Nove meses


Não, isso não é sobre um filme. Muito menos sobre minha gravidez. Eu ainda não fiz nove meses de grávida, longe disso, ainda estou com cinco. Essa postagem é sobre os nove meses mais especiais da minha vida, pra ser mais precisa, os ultimos nove meses.

Não imaginei nunca que pudesse encontrar um amor assim, sequer passou por minha cabeça que aquele friozinho na barriga em janeiro ía tornar-se uma história de amor, cumplicidade, amizade. Eu não sabia que seria assim tão rápido, muito menos tão difícil e ao mesmo tempo tão fácil. Digo difícil porque nem tudo são flores e toda história de amor tem sofrimento, fácil porque o amor não teve problemas ao surgir, ele simplesmente veio, nos derrubou, nos entregou um ao outro, nos trouxe paz.

Amor assim não se encontra qualquer hora, em qualquer lugar. Amor assim é raro, mas acontece. E pra durar, o segredo é o seguinte: uma tarde de pipoca e filme, uma noite de amor (sexo, tesão, satisfação), acordar de manhã ao seu lado e sorrir, algumas mordidas e cosquinhas, uma surpresa no banho, um beijo roubado, um beijo molhado, alguns planos também não fazem mal algum, uma comidinha gostosa, um cochilo de mãos dadas, uma conversa séria, uma conversa banal, um showzinho juntos, um nó no estômago ao ver o nome do outro no celular, uma briga engraçada pelo ultimo pedaço de goiabinha, um "eu te amo" sem motivo maior, ou seja, um muitão de amor, misturado com felicidade e um exagero de bom humor.

Amor, obrigada por esses nove meses juntos, obrigada por estar sempre ao meu lado, que venham mais nove meses, anos, decadas... A eternidade nos pertence. Eu te amo muito!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Medos


Esses dias eu acordei pensando... "meu Deus, eu to grávida!" - quanta responsabilidade! Tudo bem que eu já sabia disso antes, a responsabilidade não é novidade alguma pra mim, mas é que as vezes bate um desespero. Ter um filho é pra vida inteira... E só temos a exata dimensão disso quando vivenciamos. Agora que ele mexe, me lembra o tempo todo de sua existencia - antes era fácil esquecer - e ás vezes é tão bom, mas ás vezes dá um frio na barriga!!! E aí vem várias perguntas à minha cabeça... Será que vou dar conta? Será que vou ser boa mãe? Será que ele vai me amar mesmo? Dá tanto medo!

Eu sei, vocês devem estar pensando, mas engravidar é uma dádiva, todo mundo que engravida se sente extremamente feliz. Não! Definitivamente não! Não que eu não esteja feliz, claro que estou, aliás, ultimamente estou em estado de graça, mas podem ter certeza, toda mãe tem as mesmas dúvidas e medos que eu. Medo de não saber ser mãe, de não saber o que fazer, de não saber segurar o próprio filho, medo de dar aos outros motivos para atestarem sua incompetência para cuidar de outro ser.

Mas ainda assim, mesmo com todos esses medos, ainda olho minha barriga antes de dormir, que é quando ele está mais inquieto (puxou ao pai), ou de manhã no espelho do quarto e sinto que somos um, que ninguém pode nos separar. Sinto amor infinito, inexplicável, diferente... Amor de mãe.

Enfim... Continuarei vivendo meu estado de graça. Ninguém consegue tirar esse sorriso do meu rosto. Quanto ao amor? Cada dia maior e mais forte... Se é que isso é possível. O pai do meu filho é o melhor namorado (se é que ainda podemos nos chamar assim) do mundo!