terça-feira, 26 de agosto de 2008


No meio de toda tempestade, sempre há espaço para um arco-íris.

É verdade, apesar de tudo de ruim que anda acontecendo no mundo, a inocência de uma criança ainda consegue nos tocar... Seja bem vindo, Gabriel!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Um dia...
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto “caçador” e fazem qualquer homem sofrer… Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável… Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples… Um dia percebemos que o comum não nos atrai…
Um dia saberemos que ser classificado como o “bonzinho” não é bom… Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... Um dia saberemos a importância da frase: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"… Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, mas não damos valor a isso… Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais… Enfim… um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem para dizer tudo o que tem que ser dito naquele momento. Não existe hora certa para dizer o que sentimos se quem estiver te ouvindo não te compreender, não te merecer… O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras… Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação. “Cada um que passa em nossa vida passa só, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si. Há os que levarão muito, mas não há os que não deixarão nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova de que duas almas não se encontram por acaso…” Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você.

Mário Quintana
Que droga! Minha vida tá uma droga! Nada de bom acontece... Preciso ter pensamentos positivos, tomar banho de folha pra ver se melhora. A coisa tá difícil... É bolsa que não sai, são problemas na vida pessoal, falta de emprego, contas a pagar... Tá demais!
Me contentar eu não vou. Fazer alguma coisa!
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Instituição de Direito Público e Privado

Fui surpreendida no primeiro dia de aula por uma pergunta vaga e ao mesmo tempo ampla: o que é o Direito? E outra, para completar a primeira: quando e onde utilizamos o Direito em nossas vidas?
Confesso que na hora pensei ser um trabalho besta, daqueles que nem precisamos pensar muito, mas só depois me dei conta do quanto era complexa essa pergunta, do quanto eu teria que pensar para responder tais perguntas.
Num sentido bem leigo, vejo o Direito como leis que ditam os direitos e deveres do homem para viver em harmonia com a sociedade. Sem essas leis, pode-se dizer que viveriamos em anarquia, cada um fazendo o que bem entende, e não haveria ordem.
É fundamental que existam as leis para manter a ordem de uma sociedade, sendo assim, é fundamental a existência do Direito para o estudo de tais leis em sua aplicabilidade na sociedade e como criador e mantenedor destas.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Trabalho e Educação

DEMO, Pedro. Trabalho: sentido da vida! B. TÉC. SENAC, Rio de Janeiro, v. 32, n. 1, jan./abr., 2006, p. 5-17

"Para Marx, não existe realização humana, bem como auto-realização, sem trbalho, porque trabalho é a energia fundamental deste processo histórico". (p. 14)
A noção de realização pessoal através do trabalho produtivo, gerador de capital, apresenta-se a nós como a única possível quando analisada sobre o ponto de vista de uma sociedade capitalista. Nesta, apenas produtos possíveis de ser convertidos em capital são considerados resultados do trabalho humano que, por sua vez, é adjetivado como árduo, penoso e só assim valorizado.
Porém, uma outra perspectiva é possível, ao entender-se trabalho como algo inerente ao homem. Demo aponta que "seria esdrúxulo assumir que trabalho é apenas atividade consciente, planejada, organizada" (p. 5), afirmando que este "tomado em sentido vital amplo, não se reduz, jamais, à condição de mercadoria" (p. 7).
Trabalho configura-se como questão central para a sobrevivência humana, entendendo esta como movimento situado além da sobrevivência material, considerando então aspectos da sua subjetividade (como a busca pelo prazer, pela felicidade e bem-estar, nem sempre associado estritamente à materialidade).
Sobreviver, para o homem, diferente dos outros animais, significa pensar em uma realização mediata, pois esta é posta enquanto reflexão de si em movimento de transformação da natureza. Deste modo, o trabalho enquanto modificação do meio é também modificação do próprio homem, pois é neste movimento que estabeleceas relações que o tornam ser social e cultural.
Mas o sobreviver para o homem pode ser considerado também imediato, principalmente quando encarado sobre a ótica capitalista. A própria atividade que torna possível a acumulação do capital gera um contexto de destruição da natureza, fonte de sobrevivência. Apontamos então uma das grandes contradições do sistema capitalista: acumula-se capital para um futuro incerto da própria raça humana.

domingo, 17 de agosto de 2008

Dinheiro


amor eu já tenho

saúde também

trabalho não falta

a família vai bem

amigos são poucos

não devo a ninguém

sou um bom brasileiro

de precisar mesmo

eu só preciso de dinheiro

se eu fosse um carro

seria um fusca

se fosse comida

uma fruta

se fosse um bicho

um gato pingado

de um feiticeiro

que não transforma meu rato

em dinheiro

o rico tem jóias

o pobre tem choros

o louco tem nóias

o sábio tem sonhos

eu só tenho Deus

e aqui estou eu

o ano inteiro

sempre fazendo das tripas

dinheiro

grana, bufunfa,

dindim

o resto tá

bacana pra mim


(Rita Lee)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Numa aula de Oficina de Leitura...


Oficina:

Fome (curiosidade, pesquisa)

Pão doce (compartilhar)

Biscoito

Tangerina (ácido e doce -> ser divergente)

Omelete (cabe tudo nele, diversidade)

Arroz com ovo (prazer -> nas coisas mais simples)

Escondidinho (dúvida)

Sorvete com calda quente (troca, envolvimento)

Caso com a leitura -> De amor ou ódio?

Melhorar o Português só se for da padaria, pra fazer sonhos mais doces.

A Emília ficou com fome e com gostinho de quero mais, aí veio aqui pra ver no que dá!

Lícia conversando com o currículo -> Se ele não quer se abrir para o que existe nesse universo, imagine ao universo paralelo.

"A educação se faz pela arte". Edgar Morin

A faculdade tem medo de que a gente saia fazendo arte por aí... e tanãnã. E segundo Isis, principalmente tanãnã!

E a complexidade da flexibilidade de rabo da lagartixa.

Como ler? Como ler! -> A chamada pensassão de transmimentos.

O desejo é aquele que é o seu! Não é o seu, é o meu! O nosso! Taí, o seu pode ser o meu, o meu pode até ser o nosso, mas o bom do desejo ainda pode ser o seu tom de egoísmo!

O melhor do livro é que tem muito livro dentro dele!

É terminantemente permitido (que eu assista a aula como ouvinte)!

Ai, deu até fogo no rabo! Meus macaquinhos no sotão começaram a requebrar!

Eles são céticos (não sabem acreditar, não sabem viver).

E a Emília não para de falar, culpa das quatro pílulas que "Tícia Leitão" deu a Isis, em que ela espertamente pegou e tomou.

Porque ela está com um pano de mesa enrolado no pescoço? Curiosidade!

www.elege.ufba.br , porque vale a pena.

Com que metáfora eu vou para o samba que Lícia me convidou?

Puxe e empurre!

E vale a pena ler!

Ricardo, Ruth, Lobato, Ziraldo, Cecília, Ana Maria, Elias José, Fernando Sabino, Manoel de Barros.

A imortalidade -> Eles passarão, eu passarinho ou eles não passarão, eu passarinho!
Saudações da mais nova bolsista!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Baila comigo


"Não tirem suas crianças da frente porque a Caravana Rolidey vai invadir o pedaço num alto e bom som, com muito blush e batom, canhões de luz, camisetas de Che Guevara e Jesus, neste circo patafísico capaz de remover montanhas e modificar o curso dos rios. Hoje é dia de rock e não viemos aqui a passeio. Sim, somos esquisitões mesmo, mas queremos apenas te seqüestrar dessa vidinha besta e por algumas horas oferecer um Olimpo de calmaria no meio de tantos tsunamis ideológicos.

Ir pra estrada é coisa pra cigano nenhum botar defeito. Me lembro de quando aterrissamos nosso disco voador numa modesta aldeia do Nordeste munidos de um microfone sem fio que tinha custado uma nota preta. Na passagem de som os 'índios' foram se chegando na beira do palco e se entreolhavam boquiabertos.

Depois de um certo tempo alguém da tribo começou a gritar: 'você está nos enganando, sabemos que microfone só funciona se estiver ligado num fio, somos gente humilde, mas não somos bobos, isso aí é um disco gravado!'. Então a ET branquela e ruiva que estava no palco pacificamente estendeu o microfone ao cacique para que ele pudesse constatar que se tratava mesmo de um produto de outro planeta. O planeta Nova York. Ele aproximou a boca e disse um 'alô' bem baixinho. Já estava quase comemorando o embuste, quando o pajé, este sim bem mais destemido, tomou-lhe o microfone e deu um grito de guerra que quase arrebentou os tímpanos de todos nós. A notícia se espalhou e o show foi uma maravilha completa. Dia seguinte a tribo estava tão deslumbrada com os deuses astronautas que até ajudaram a desmontar o equipamento de som e carregar os caminhões. Hoje qualquer tribozinha por aqui tem microfone sem fio.

E por mais que roqueiro brasileiro já não tenha mais cara de bandido (roqueiro no meu tempo era oposição, hoje é situação) esse tal de roquenrou continua oferecendo delícias, pelo menos para mim. Depois de quarenta anos na estrada, nos bailes da vida, percebo que o prazer de trabalhar com música permanece intacto feito um faraó imortal. Mas ultimamente ando meio reclamona, deve ser a idade. Tenho pavor de voar de avião, odeio dormir em hotéis, às vezes estou com TPM existencial e gostaria mais é de ficar enfurnada em casa com meus bichos. E as queixas prosseguem até o momento de pisar no palco. A partir daí eis que acontece o tal milagre da transformação da água em vinho. Pra se ter uma idéia, nem se uma barata gosmenta com aquelas antenas asquerosas aparecer no palco vai me tirar o prazer de fazer as pessoas terem prazer comigo.

E quando saio de lá a farra continua no camarim recebendo os fãs e ouvindo deles que não posso nunca parar de fazer show porque suas vidas virariam um tédio. Mal sabem eles que o tédio é todo meu quando estou longe do palco. Que ninguém nos ouça, mas estou pensando seriamente em tirar o time de cena e passar mais tempo com Ziza Lee, minha delícia de neta. Também quero acabar de escrever meu livro e morar no mato pra fazer uma horta. Vou adotar um monte de bichos, aprender a cozinhar e falar chinês. Preciso parar de fumar e beber mais água... putz, são tantas emoções que me esperam. Os shows tomam todo o meu tempo, além do que já fiz trocentos milhões, já está de bom tamanho e eu agradeço a Deus pelo privilégio de ter sobrevivido de música durante tanto tempo. Quando digo isso sempre ouço o feedback: 'seus amigos tropicalistas Caetano, Gil, Tom Zé, Gal e Bethânia são mais velhos do que você e fazem cada vez mais shows.'

Ah, mas eles são terráqueos geniais, eu sou apenas uma ET".


Rita Lee, março de 2007

segunda-feira, 11 de agosto de 2008


Mais um dia de aula típico! Seria... se não fosse por minha I. Gastando um dinheiro que não podia, andando horrores, cansando, tomando chuva... tudo por uma manhã gostosa colocando o papo em dia. Quem não gosta? Mais um semestre começando e eu só consigo me sentir feliz! Deve ser o caramelo (tanãnã-tanãnã), deve ser o caramelo (tanãnã-tanãnã). Aquele negócio de piada interna, sabe?

Se não sabe... Bom, nada posso fazer por você. Mas acho que tô boba demais hoje pra conseguir escrever alguma coisa séria aqui. =D Ah, eu amo minha I. Ela me faz feliz quando eu mais preciso, e quando não preciso também!


tanãnã-tanãnã!

Eu sou do tempo


eu sou do tempo do onça

quando os bichos falavam

pela rádio nacional

na marchinha de carnaval

nos concursos de miss

ah, eu era feliz, eu era feliz...


do tempo da guanabara

da bossa da Nara

dos Tropicalistas

dos hippies comunistas

da voz da Elis

ah, eu era feliz, eu era feliz...


eu sou daquele tempo

que rock era pecado

do let me sing do Raul

do cogumelo de zebu

e da Leila Diniz

ah, eu era feliz


eu sou dos novos tempos

do fim do vinil

do boom da Madonna

da zona no Brasil

do caos no país

ah, eu era feliz, eu era feliz...


eu sou do tempo do tempo

do exato momento

que o mundo explodiu

foi bom que existiu

o Brasil da utopia

ah, eu era feliz,

eu era feliz... e sabia
(Rita Lee / Roberto de Carvalho)

domingo, 10 de agosto de 2008


As vezes acho que simplesmente nasci na época errada. Deixei de conhecer vários de meus ídolos, outros, conheci até, mas não tanto quanto gostaria. Nasci numa época de... vamos dizer assim... loucura! Numa época em que os filhos matam os pais, em que as drogas são usadas em excesso, em que pais matam os filhos. Numa época que não se pode andar nas ruas sem olhar para os lados, com tranquilidade. Como diz minha vó, você pode ser assaltado, sequestrado, estuprado, violentado e ainda acaba morto. Numa época em que há muita coisa deturpada, e apesar de acharem o contrário, não há liberdade.

Liberdade de expressão, de ir e vir... Não há liberdade!

Agradeço a minha mãe por ter tido a educação que tive. Por, apesar de ver o mundo do jeito que está, me importar, mas não deixar de viver por isso. Eu faço minha vida, eu faço minha própria liberdade, faço minhas escolhas e trilho meu caminho. E ai de quem cruzar este caminho... É, sou mais forte do que imaginava.

Não tive pai presente, mas a melhor das atitudes é o perdão, e hoje estou disposta a perdoar. Não só por ser dia dos pais, afinal, nunca acreditei muito nessas datas comemorativas... Dia dos pais, das mães, dos namorados... São todos os dias! Mas enfim, não tô perdoando por ser dia dos pais, mas porque quero, por estar mudando, por saber que guardar magoa faz mal pra nossa relação e acima de tudo, faz mal a mim mesma. E a última coisa que quero agora é fazer mal a mim mesma.

E sobre aquela coisa de nascer na época errada... Talvez não! Talvez eu tenha nascido agora pra ser diferente, pra fazer a diferença, pra mostrar pros jovens de amanhã que já existiram coisas lindas e que um pôr do Sol é muito mais bonito ao vivo que na Tv, e que há saída... é só querer!

Ovelha negra


"Eis que chega minha primeira menstruação e com ela leva embora minha infância querida, salve salve. 'Rita, minha filha, agora você já é uma mocinha, precisa mudar seu comportamento. Não pode mais, por exemplo, se sentar com as pernas abertas, nem ficar andando de carrinho de rolimã com os moleques da rua. Há certas regras nesta vida que devemos respeitar. Você tem que entender que o nosso mundo feminino é muito diferente do masculino, Deus assim quer'.
Não demorei para entender que a partir de então seria deselegante me sentar de pernas abertas, assim como totalmente fora de cabimento continuar andando de carrinho de rolimã. Mesmo porque lá em casa todos já achavam meio esquisito eu nunca ter brincado com bonecas e preferir 'coisas de meninos'. Confesso que sempre odiei bonecas mesmo, aquilo de ficar tirando e pondo vestidinhos, arrumando e desarrumando cabelinhos era no mínimo bocejante. Pelo menos com a molecada eu aprendia ótimos palavrões. Tudo bem, não custa fazer um esforço, afinal, agora eu sou uma mocinha.
Mas porque cargas d'água o mundo feminino seria assim tão diferente do masculino? Então lá fui eu buscar respostas através do método da eliminação. Bastava saber que algo não era 'próprio para uma mulher' para me dar uma coceirazinha e ir literalmente tirar a prova dos nove, ou seja, nove entre dez Luluzinhas sequer tentavam saber o motivo de não poder invadir o clube do Bolinha.
Meu colégio não permitia que as meninas jogassem futebol, e a explicação era a de que se podia levar uma bolada no seio (era educado dizer seio). Eu perguntava pro Bolinha: e como você sabe que dói se você não tem teta? E onde será que dói mais, na teta ou no saco? Você usa proteção especial para o saco, então eu posso usar uma para as tetas. Se bem me lembro ainda demorou uns 30 anos até começar a existir futebol feminino pra valer. Quanta perda de tempo.
Alguém aqui pode me dizer porque não posso ir ao meu baile de formatura usando um vestido preto? 'Porque vestido preto é para usar em enterro, Rita'. Então propus um negócio: ao invés de gastar dinheiro com baile eu pedi uma bateria de presente. Minha mãe deu graças pela troca. Depois se arrependeu com o barulho e me convenceu a trocar a bateria por um violão.
Mãe, eu quero aprender a lutar karatê, ontem vi um filme genial do Bruce Lee e tenho certeza que levo jeito pra coisa. 'Mas karatê não é coisa de menina, Rita'. Cheguei até a faixa amarela apenas, e minha mãe agradeceu meu dedão do pé ter quebrado.
Pulando vários capítulos sobre o mesmo tema, chegou finalmente meu conforto com esse tal de rock and roll. Havia um Bolinha roqueiro que proclamava o lema incontestável 'orra meu, pra fazer rock tem que ter culhão!'
Que bálsamo foi aquilo para os meus ouvidos. Ah, quer dizer que não se pode fazer rock com útero e ovários? Então me aguarde.
Elementar minha cara mãe, a senhora certamente nunca deve ter sentado de pernas abertas e muito menos andado num carrinho de rolimã, não é mesmo? Então continue lindinha aí na sua casinha, brincando de bonequinha que sua ovelhinha negra vai atrás de uma boa encrenquinha. Ah, antes que eu me esqueça, mamãe, eu descobri que lugar de mulher é onde ela quiser!"
Rita Lee

quinta-feira, 7 de agosto de 2008


Tô entrando em desespero aqui, precisando de gente pra trabalhar amanhã! Cara, ninguém quer... Foi-se o tempo em que as pessoas precisavam e aceitavam qualquer trabalho por conta disso. Eu hein!

Ahh, cortei o cabelo! Tá lindooo!! Bem curtinho, como eu queria a algum tempo. Afinal, cabelo novo, vida nova... Algumas surpresas ainda virão!

Hoje é aniversário de Binho... Se um dia ele vier a ler isso...

Desde a barriga já era meu primo preferido. Quando nasceu... Tanta espectativa criada pra uma coisinha feia daquelas? Blergh! Não consigo entender. Mas aí foi crescendo né, foi até ficando bonitinho, gordinho, mas nojento! Ecaa! Não parava de gofar. Ainda bem que cresceu mais ainda, aí se tornou uma criança até sociavel... Voltou a ser meu primo preferidooo! Era bonitinho... Só me irritava por não saber ler e me fazer ler pra ele uma revistinha em quadrinho por noite. Ahh, como eu fiquei feliz quando ele aprendeu a ler, não me enchia mais o saco, lia sozinho. Tantas idas ao cinema pra lhe fazer companhia, assistindo filmes infantis. Tantas idas ao Mc Donalds! E todas as vezes em que acordavamos muito cedo e iamos brincar de lego, ou então com aquele joguinho massa de futebol que você tinha. Aí minha tia acordava bem depois e ia fazer nosso café. Como era legal. Hoje a diferença ainda é diferença, mas pelo menos eu não preciso mais agir como criança... São 17 anos, priminho, e continuo achando você um pirralho! Parabéns, guri! Ano que vem você já vai poder ser preso... Mas pense pelo lado bom, já vai poder beber e dirigir, só não vai poder fazer os dois ao mesmo tempo, ou vai realmente preso! Não fica assim, primo! Temos que aprender a conviver com a lei seca.