Nem tudo são flores

E como toda mãe, descobri que preciso ganhar dinheiro... Rsrs! Afinal, não dá pra deixar tudo nas costas do papai (mais lindo do mundo) e dos avós. Como ninguém vai me dar emprego por agora, resolvi fazer bico... Ainda não decidi direito o que, mas preciso fazer alguma coisa. Por enquanto, pra começar, virei consultora Natura. Não é muito dinheiro mas é um dinheirinho... Melhor que nada. Preciso arranjar mais coisas pra fazer. Em breve vocês saberão!

No mais, mais apaixonada do que nunca. Amando muitoo! Como nunca amei! Amor, eu sei que de vez em quando faço umas besteiras, idiotices, mas to aprendendo aos poucos. Paciência, por favor! Você é minha vida, e eu quero mais que tudo no mundo ficar contigo. Amo-te!

Quanto à Peu... Tá me dando um pouco de trabalho agora. Descobri que estou com a placenta baixa, o que às vezes causa sangramento, e para que isso não ocorra preciso ficar em repouso. A placenta ainda pode subir, mas se não subir é a chamada placenta prévia, o que me obriga definitivamente a fazer uma cesarea. O problema nem é só esse, é que mesmo sem fazer esforço eu posso ter sangramento, pois o guri pode resolver chutar a placenta. Já conversei com ele e expliquei que não é uma bola de futebol, que ele precisa daquilo pra viver... Espero que ele entenda. Por enquanto, repouso e pernas pra cima.

Paixão

Engraçado como minhas ultimas postagens nesse blog foram todas referentes à gravidez, a vida da gente muda mesmo, totalmente! Tolice é pensar que vamos ser as mesmas, só com mais um pra tomar conta... Não, filho nosso não é como filho dos outros. E desde a gravidez, passamos a viver pra eles, pensar neles antes de qualquer coisa. "Vou tomar sopa hoje porque é bom pra Peu" - eu detesto sopa - "Em 2011 eu até poderia sair no carnaval, ele vai estar grandinho, mas eu não vou deixar meu filho com outra pessoa... E a falta que ele vai sentir de mim?" - nunca pensei que diria isso, mas é coisa de mãe. Minha programação é toda feita no futuro dele... Tem um tempinho já, quatro meses, pra ser mais precisa, que não penso em mim. E isso está estampado no meu blog (ou em qualquer outro aspecto da minha vida).

Ontem eu o vi... Vi o rostinho, os pezinhos, as mãozinhas, os dedinhos... O pintinho! Todo lindo meu bebê! Só não escapou do nariz de batatinha... Rs! E como cresce!!! Fiz ultrassom há três semanas atrás e ele tinha oito centimetros, agora ele está tão maior... Ocupando a barriga toda já! Tava sentado e folgado... Rs!!! Mas é lindo o meu bebê!!! Confesso que estou uma mãe babona e apaixonada!

O mundo em mim

Minha barriga hoje amanheceu um mundo, nunca esteve tão grande. Falando assim fica até redundante, já que a tendência dela é crescer e crescer, mas confesso que ás vezes esqueço disso. Me olho no espelho do banheiro e vejo o mesmo rosto de menina danada de sempre, os mesmos cabelos louros e cacheados caindo pelos ombros, os mesmos olhos verdes cheinhos de esperança. Vejo naquele espelho a mesma menina de sempre e chego a esquecer que aquele corpo guarda mais uma vida.

Chego no quarto, depois do banho e tomo um susto ao me olhar nua em outro espelho. O espelho do meu quarto não esconde nada, ainda lembro quando minha mãe comprou pra gente parar de pular no banheiro pra conseguir enxergar a roupa, o espelho do quarto é grande o suficiente pra ver barriga, peito, perna, pés, tudo! E ontem quando fui dormir a barriga não era tão grande assim. É, tomei um susto hoje de manhã... Mas achei tão lindo! Parece até que carrego o mundo dentro de mim, ou então, que engoli uma melancia... Eu prefiro a parte do mundo!

Quando nasce o amor

A primeira vez que vi o bebê, me apaixonei! Não era bem um bebê, tava mais pra um pontinho que mal dava pra ver, ainda assim fiquei maravilhada. Aquele pontinho era uma vida crescendo dentro de mim.

Foi um pouco solitário esse momento, as pessoas que mais amava e queria por perto ainda não sabiam, ou não queriam estar ali. Foi um primeiro mês difícil, que tive que enfrentar só, enquanto descobria em quem realmente podia confiar. Não foram muitos assim, mas os poucos são tudo pra mim.

Confesso que se em algum momento cheguei a pensar em não ter aquela criança, naquele dia voltei atrás. Como poderia eu fazer algum mal àquele serzinho inofensivo que precisava de mim mais que tudo no mundo? Como eu poderia fazer mal à uma vida feita com amor, com o amor maior do mundo, e que agora crescia em meu ventre? Não poderia!

Naquele dia eu cheguei à conclusão de que ele já era eu e eu era todinha dele!

A notícia

Era uma tarde de sexta quando decidimos que o melhor a fazer era comprar o exame de farmácia. A menstruação só tinha dois dias de atraso, mas ela nunca atrasava... Decidimos juntos, sentados na mesa do bar, no momento em que enjoei da cerveja. Nunca fui de beber muito, é verdade, mas daí a enjoar com um copo de cerveja, era mesmo estranho. Saímos de lá e entramos na primeira farmácia, compramos o teste. O duro seria esperar até o outro dia.

Acordei morrendo de vontade de fazer xixi, corri pro banheiro sem me lembrar do teste, quando lembrei, voltei correndo para a cama. Fiquei me remexendo até ele acordar... Disse que não aguentava mais, eu PRECISAVA fazer xixi. Ele foi comigo até o banheiro... Fechei a porta (meu xixi é tímido) e assim que enchi a vasilhinha abri, para que ele pudesse estar comigo naquele momento. Apareceu a primeira listrinha rosa, até aí tudo tranquilo... Quando eu vi uma segunda listrinha ainda muito clara, disse que não queria mais ver e fui para a sala. Rezei para que fosse coisa da minha cabeça a listrinha que vi, para que fosse só preocupação.

Deitei de bruços no sofá segurando em uma das mãos o celular, que marcava o tempo do exame, e na outra a caixa do dito cujo. Fiquei esperando impacientemente e tudo que ouvia era silêncio. O que ouvi depois disso não vai sair nunca mais de minha cabeça...

- Você tá gravida, bebê!